O
Livro dos Mortos dos egípcios remonta ao período do Novo Império. Seus
textos foram produzidos em rolos de papiro, os quais eram envolvidos em
pedaços do material de que eram elaboradas as múmias. As versões mais
sofisticadas eram compostas de ricos ornamentos tipográficos, conhecidos
como vinhetas.
Este livro continha principalmente preceitos mágicos e
ladainhas que versavam sobre o destino dos que morreram. Ele orientava
as pessoas quanto aos caminhos a seguir para se atingir o reino de
Osíris -- a principal divindade cultuada pelos egípcios, símbolo do
renascimento da alma, de sua imortalidade -, os campos da
bem-aventurança. Ao obedecer às instruções contidas neste sagrado
manual, o Homem tinha condições de atingir um estágio elevado que o
habilitava a se tornar um Espírito Santificado.
Os egípcios, que
adotavam o Politeísmo, ou seja, o culto de vários deuses, encontravam
neste Livro uma relação das adversidades com as quais se deparariam ao
chegar no mundo espiritual, e nele poderiam também descobrir os vários
recursos necessários para triunfar sobre estes obstáculos. Este conflito
é muitas vezes encenado no próprio instante do enterro, revelando -
nesta reprodução da luta entre o bem e o mal -, o quanto é importante o
processo descrito no Livro dos Mortos.
Apenas os reis egípcios, pelo
menos durante o governo das primeiras dinastias, pareciam ter acesso
direto aos reinos de luz, simbolizados pelo sol, deus Rá, divindade de
suma importância no Egito, só suplantada por Osíris. Mas nem mesmo eles
poderiam entrar no reino sagrado sem passar por um julgamento, durante o
qual deveriam apresentar provas da justiça praticada sobre a terra.
Logo depois, a honra da sobrevivência pós-morte foi concedida também aos
trabalhadores mais importantes da corte; enfim, a imortalidade
tornou-se um dom inerente a todos, mas a presença no tribunal de Osíris
continuou sendo obrigatória para qualquer pessoa. Diante de Osíris, o
morto deve reproduzir um discurso conhecido como Confissão Negativa, no
qual ele nega ter cometido todos os males diante dos quais o Homem está
sujeito a sucumbir.È possível encontrar em algumas ilustrações do Livro
dos Mortos a imagem de Osíris em seu trono, tendo á sua frente o morto, o
qual dispõe seu coração sobre um dos pratos da balança da justiça,
enquanto no oposto, contrapondo o peso, encontra-se a Verdade. O fruto
desta avaliação do peso de um e de outra é revelado pelo deus Toth,
responsável por registrar esta análise. As almas mentirosas são punidas,
enquanto as verdadeiras são recompensadas com a permissão para adentrar
o reino sagrado.
É patente também neste Livro a crença dos egípcios
na imortalidade da alma e na fé em uma vida futura no mundo espiritual,
bem como na reencarnação, que propicia ao Homem renascer na Terra para a
aquisição de novos valores e para a obtenção de renovadas experiências.
Embora apresente noções espirituais bem avançadas para a época, esta
civilização antiga se encontra em estágios evolutivos limitados,
portanto suas concepções preservam um caráter ainda mitológico, do qual o
próprio Livro dos Mortos não escapa. A travessia de portas e de
passagens nele narradas representa os obstáculos que devem ser vencidos,
e denota a propriedade simbólica de sua linguagem. Pode-se afirmar,
portanto, que nele já está presente um conjunto de leis de ordem moral,
no qual estão prescritas atitudes que se devem assumir durante a vida e
após a morte, se realmente se deseja atingir um dia a santificação do
espírito.
Livro dos Mortos dos egípcios remonta ao período do Novo Império. Seus
textos foram produzidos em rolos de papiro, os quais eram envolvidos em
pedaços do material de que eram elaboradas as múmias. As versões mais
sofisticadas eram compostas de ricos ornamentos tipográficos, conhecidos
como vinhetas.
Este livro continha principalmente preceitos mágicos e
ladainhas que versavam sobre o destino dos que morreram. Ele orientava
as pessoas quanto aos caminhos a seguir para se atingir o reino de
Osíris -- a principal divindade cultuada pelos egípcios, símbolo do
renascimento da alma, de sua imortalidade -, os campos da
bem-aventurança. Ao obedecer às instruções contidas neste sagrado
manual, o Homem tinha condições de atingir um estágio elevado que o
habilitava a se tornar um Espírito Santificado.
Os egípcios, que
adotavam o Politeísmo, ou seja, o culto de vários deuses, encontravam
neste Livro uma relação das adversidades com as quais se deparariam ao
chegar no mundo espiritual, e nele poderiam também descobrir os vários
recursos necessários para triunfar sobre estes obstáculos. Este conflito
é muitas vezes encenado no próprio instante do enterro, revelando -
nesta reprodução da luta entre o bem e o mal -, o quanto é importante o
processo descrito no Livro dos Mortos.
Apenas os reis egípcios, pelo
menos durante o governo das primeiras dinastias, pareciam ter acesso
direto aos reinos de luz, simbolizados pelo sol, deus Rá, divindade de
suma importância no Egito, só suplantada por Osíris. Mas nem mesmo eles
poderiam entrar no reino sagrado sem passar por um julgamento, durante o
qual deveriam apresentar provas da justiça praticada sobre a terra.
Logo depois, a honra da sobrevivência pós-morte foi concedida também aos
trabalhadores mais importantes da corte; enfim, a imortalidade
tornou-se um dom inerente a todos, mas a presença no tribunal de Osíris
continuou sendo obrigatória para qualquer pessoa. Diante de Osíris, o
morto deve reproduzir um discurso conhecido como Confissão Negativa, no
qual ele nega ter cometido todos os males diante dos quais o Homem está
sujeito a sucumbir.È possível encontrar em algumas ilustrações do Livro
dos Mortos a imagem de Osíris em seu trono, tendo á sua frente o morto, o
qual dispõe seu coração sobre um dos pratos da balança da justiça,
enquanto no oposto, contrapondo o peso, encontra-se a Verdade. O fruto
desta avaliação do peso de um e de outra é revelado pelo deus Toth,
responsável por registrar esta análise. As almas mentirosas são punidas,
enquanto as verdadeiras são recompensadas com a permissão para adentrar
o reino sagrado.
É patente também neste Livro a crença dos egípcios
na imortalidade da alma e na fé em uma vida futura no mundo espiritual,
bem como na reencarnação, que propicia ao Homem renascer na Terra para a
aquisição de novos valores e para a obtenção de renovadas experiências.
Embora apresente noções espirituais bem avançadas para a época, esta
civilização antiga se encontra em estágios evolutivos limitados,
portanto suas concepções preservam um caráter ainda mitológico, do qual o
próprio Livro dos Mortos não escapa. A travessia de portas e de
passagens nele narradas representa os obstáculos que devem ser vencidos,
e denota a propriedade simbólica de sua linguagem. Pode-se afirmar,
portanto, que nele já está presente um conjunto de leis de ordem moral,
no qual estão prescritas atitudes que se devem assumir durante a vida e
após a morte, se realmente se deseja atingir um dia a santificação do
espírito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário