terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Guerra Fria - Crise dos Mísseis em Cuba

Crise dos mísseis de Cuba, também conhecido como a Crise de Outubro (em
espanhol: Crise de Octubre), Crise do Caribe (em russo: Карибский
кризис) foi um confronto de 13 dias (16-28 outubro de 1962) entre os
Estados Unidos e a União Soviética relacionado com a implantação de
mísseis balísticos soviéticos em Cuba. Além de ter sido televisionada em
todo o mundo, foi o mais próximo que se chegou ao início de uma guerra
nuclear em grande escala durante a Guerra Fria.

Em resposta à
fracassada Invasão da Baía dos Porcos de 1961 e a presença de mísseis
balísticos estadunidenses PGM-19 Júpiter estacionados na Itália e na
Turquia, o líder soviético Nikita Khrushchev decidiu concordar com o
pedido de Cuba para colocar mísseis nucleares em seu território para
deter uma futura invasão estadunidense. Um acordo foi alcançado durante
uma reunião secreta entre Kruchev e Fidel Castro em julho e a construção
de uma série de instalações de lançamento de mísseis começou depois do
verão.

Uma eleição estava em curso nos Estados Unidos. A Casa
Branca negou as acusações de que estava ignorando os mísseis soviéticos a
145 quilômetros do litoral da Flórida. Estas preparações de mísseis
foram confirmadas quando um avião espião Lockheed U-2 da Força Aérea dos
Estados Unidos produziu provas fotográficas claras de instalações de
mísseis balísticos R-12 Dvina e R-14 Chusovaya. Os Estados Unidos
estabeleceram um bloqueio militar para evitar que novos mísseis
entrassem em Cuba e anunciou que não permitiria que armas ofensivas
fossem entregues a Cuba, além de ter exigido que as armas já entregues
fossem desmontadas e levadas de volta à URSS.

Depois de um longo
período de tensas negociações, foi alcançado um acordo entre Kennedy e
Kruschev. Publicamente, os soviéticos desmantelaram as suas armas em
Cuba e as levaram para a União Soviética, sob reserva de verificação das
Nações Unidas, em troca de uma declaração pública dos Estados Unidos de
nunca invadir Cuba sem provocação direta. Secretamente, os Estados
Unidos também concordaram que iriam desmantelar toda a rede de mísseis
Júpiter que foi implantada na Turquia e Itália contra a União Soviética,
mas que não era conhecida pelo público.

Quando todos os mísseis
ofensivos e bombardeiros leves Ilyushin Il-28 foram retirados de Cuba e o
bloqueio foi formalmente encerrado em 20 de novembro de 1962. As
negociações entre os Estados Unidos e a União Soviética destacaram a
necessidade de uma rápida, clara e direta linha de comunicação entre
Washington, DC e Moscou. Uma série de acordos reduziu drasticamente as
tensões EUA-União Soviética durante os anos seguintes.

A crise
começou quando os soviéticos, em resposta à instalação de mísseis
nucleares na Turquia, Inglaterra e Itália[2] em 1961 e à invasão de Cuba
pelos Estados Unidos no mesmo ano, instalaram mísseis nucleares em
Cuba. Em 14 de Outubro, os Estados Unidos divulgaram fotos de um voo
secreto realizado sobre Cuba apontando cerca de quarenta silos para
abrigar mísseis nucleares. Houve uma enorme tensão entre as duas
superpotências pois uma guerra nuclear parecia mais próxima do que
nunca. O governo de John F. Kennedy, apesar de suas ofensivas no ano
anterior, encarou aquilo como um ato de guerra contra os Estados Unidos.

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